quarta-feira, 23 de maio de 2012

ONZE PASSOS PARA PAIS INCENTIVAREM SEUS FILHOS A LER


1.      A faixa etária adequada para o contato inicial com livros se dá entre os dois e os cinco anos.
2.      É importante que o professor indique o livro correspondente à idade e à capacidade de concentração da criança ou que os pais avaliem a adequação desse material.
3.      A leitura deve transcorrer em um ambiente calmo, sem interferências ou ruídos (rádio, televisão, etc.). O adulto deve assumir o papel do narrador da história, familiarizando assim o pequeno “leitor” com o autor que apresenta a narrativa.
4.      É fundamental que o adulto que está apresentando o livro à criança faça comentários sobre a aparência do volume, sobre as figuras, o formato, talvez até contando algum fato da vida do autor. Enfim, é decisivo mostrar à criança interesse em folhear o livro, demonstrando que ali, naquelas páginas, muita coisa se pode descobrir e se quer descobrir. E na hora de ler, faça-o dramatizando, com emoção escancarada. Tudo para que jamais o ato da leitura pareça algo chato ou desinteressante.
5.      Se a criança quiser tomar o livro de suas mãos e folheá-lo devagar, de qualquer jeito, “erradamente”, nenhum problema. Deixe. Não se deve ter pressa, e esse processo de convivência com o livro, no início, vai ser assim mesmo.
6.      Cada ilustração e cada palavra devem ser mostradas. Uma dúvida, uma hesitação? Pare, explique, volte atrás. É decisivo não perder o fio da meada. Compreender direitinho a história para poder gostar dela.
7.      A criatividade da criança deve ser encorajada. Antes de cada cena seria interessante perguntar o que ela acha que vai acontecer.
8.      O ato da leitura – nessa fase inicial – deve ser em conjunto. É uma ótima oportunidade para pais e filhos se sentirem juntos, unidos. Manifestando carinho, calor, o adulto envolve afetivamente a criança e a faz lembrar desse momento – a leitura – como um instante prazeroso.
9.      Se a criança reagir negativamente ou quiser terminar o livro, é importante deixar que isso aconteça. O livro não pode ser uma obrigação, uma sentença, um castigo.
10.  Terminado o livro, deve-se conversar com a criança sobre a história lida. Pede-se que a criança conte. Pode-se ir escrevendo a história agora contada pela criança, observando o nexo entre as partes, a correta ligação entre as diversas cenas do enredo. Com isso a criança vai aprendendo que o pensamento tem uma estrutura com começo, meio e fim.
11.  Não é raro a criança solicitar que se leia mais de uma vez a mesma história. Satisfaça-a, sem maiores preocupações quanto ao retorno repetidas vezes ao mesmo livro. Isso serve para fixar uma identificação com determinada trama, determinado estilo, determinado assunto. Não esquecer, entretanto, de oferecer livros bem diferentes, comparando-os,indicando assim a diversidade de opções de leitura.
                                                                             Paulo Bentancur